Inscrições

DATA: 02, 03 e 04 de dezembro de 2025

LOCAL: Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro e Oceânico do Sul – CIDEC Sul, Campus Carreiros, FURG, Rio Grande, RS, Brasil

INSCRIÇÕES: sinsc.furg.br

 

TEMA CENTRAL: DIREITOS HUMANOS E EMERGÊNCIAS CLIMÁTICAS

 

Comitê Científico

 

Profa. Dra. Amanda Netto Brum (PPGD FURG)

Prof. Dr. César Augusto Soares Costa (PPGD FURG)

Profa. Dra. Dione Iara Silveira Kitzmann (PPGEA FURG)

Prof. Dr. Eduardo Pitrez de Aguiar Corrêa (PPGD FURG)

Profa. Dra. Elisa Girotti Celmer (FADIR FURG)

Profa. Dra. Fabiane Simioni (PPGD FURG)

Prof. Dr. Felipe Franz Wienke (PPGD FURG)

Prof. Dr. José Ricardo Caetano Costa (PPGD FURG)

Profa. Dra. Lucia de Fatima Socoowski de Anello (PPGEA FURG)

Dra. Luciana Alves Dombkowitsch (GDiS FURG)

Profa. Dra. Narjara Mendes Garcia (PPGEA FURG)

Profa. Dra. Raquel Fabiana Lopes Sparemberger (PPGD FURG)

Prof. Dr. Renato Duro Dias (PPGD FURG)

Profa. Dra. Sheila Stolz da Silveira (PPGD FURG)

Profa. Dra. Simone Grohs Freire (PPGEA FURG)

Profa. Dra. Vanessa Hernandez Caporlingua (PPGEA FURG)

 

Modalidade de participação

 

O Fórum convida a participar sob diferentes modalidades presenciais: a) ouvinte e b) apresentação de trabalho. As pessoas interessadas em apresentar suas pesquisas devem enviar um resumo expandido, indicando o GT que desejam participar. Os resumos serão organizados em um único parágrafo, terão um mínimo de 300 e um máximo de 500 palavras. O resumo deverá incluir objetivo, metodologia, resultados e conclusões. Deverá incluir, também, 4 palavras-chave em ordem alfabética. Deve-se especificar o título, os nomes dos/as proponentes, instituições que pertencem, país e e-mail.

 

Idiomas: Português e Espanhol

Recebimento de resumos expandidos: de 18 de agosto a 19 de outubro de 2025.

Comunicação sobre aceitação dos resumos: final outubro de 2025.

Inscrição para o público em geral (ouvinte): a partir de 18 de agosto 2025.

Endereço de Incrições: sinsc.furg.br

 

Grupos de Trabalho Simultâneos (GTs)

 

  • GT1 Educação Ambiental e Emergências Climáticas

Coordenadores/as: Marta Acosta (UNE, Paraguay), Ricardo Barboza Lima (UFG, Brasil) e Matías Penhos (UNQ, Argentina)


 

 Este tema tem como objetivo analisar e debater a educação ambiental no contexto atual, a fim de fomentar um diálogo de saberes que permita abordar os diversos conflitos ambientais como desafios políticos e pedagógicos. Propõe-se apreender a educação ambiental integral como perspectiva, ou seja, como modo de ser e estar no mundo, a fim de desnaturalizar e problematizar as formas como a sociedade tem sido organizada e compreendida em relação à natureza e, portanto, seu ensino. A interdependência entre proteção ambiental, desenvolvimento sustentável e direitos humanos foi destacada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (OC-23/2017) e pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Relatório sobre Empresas e Direitos Humanos de 2019). Consequentemente, essas são questões indissociáveis ​​da educação em direitos humanos.

Esperamos receber trabalhos que: sensibilizem sobre o impacto das emergências climáticas na educação; apresentem boas práticas em contextos de educação formal e não formal; que identifiquem os desafios específicos enfrentados pelos professores nessa área; que desenvolvam propostas preventivas e interdisciplinares para abordar conteúdos em diferentes currículos; que destaquem o desenho e a implementação de políticas públicas sobre esses temas; e que debatam o papel do setor privado ou de outros atores nesse campo.  

 

  • GT2 Justiça Ambiental, Desigualdades Sociais e Racismo Ambiental

Coordenadores/as: María del Carmen Cortizos (UFSC, Brasil) e Maria José Bournissent (UNL, Argentina)


 

A atual emergência climática exige medidas urgentes e imediatas para enfrentar os impactos crescentes nas diversas dimensões da vida, com agravamento de doenças respiratórias, aumento de doenças transmitidas por vetores, comprometimento da produção de alimentos e da disponibilidade de água com terríveis consequências para a segurança alimentar. Neste contexto o GT 2: Justiça Ambiental, Desigualdades Sociais e Racismo Ambiental, propõe reunir trabalhos que discutam articuladamente esses três eixos: A justiça ambiental e a distribuição de bens e serviços que garantam a todas as pessoas o mesmo nível de proteção contra os riscos ambientais englobando as dimensões sociais, econômicas e políticas. O impacto desproporcionalmente maior das consequências negativas da emergência climática para os grupos subalternizados, que se constitui em fator de aumento das desigualdades sociais. O racismo como fator que intensifica os efeitos negativos da degradação ambiental para as populações marginalizadas e minorias étnicas que sofrem com a falta de saneamento básico, exposição à poluição, falta de acesso à água potável, proximidade a aterros sanitários, expulsão das terras ancestrais, falta de acesso aos recursos naturais, ao tempo em que tem menos ou nenhuma participação nas decisões que afetam seus territórios.

 

  • GT3 Direitos Humanos, Emergências Climáticas e Gênero

Coordenadores/as: Melina Fachin (UFPR, Brasil) e Inés Robles Carrasco (UV, Chile)


 

A crise climática é uma das principais ameaças aos direitos humanos no século XXI, com impactos desproporcionais sobre mulheres e populações historicamente vulneráveis. Este Grupo de Trabalho propõe refletir sobre as interseções entre justiça climática, direitos humanos e igualdade de gênero, destacando como os efeitos da emergência ambiental intensificam desigualdades preexistentes, especialmente no Sul Global. Numa perspectiva interseccional e decolonial, serão abordadas as obrigações de Estados e empresas de proteger direitos diante da crise ecológica, com especial atenção aos direitos ao cuidado, à terra, à água e à participação política. Serão questionados modelos de desenvolvimento extrativistas que comprometem a sustentabilidade da vida e afetam diretamente os corpos e territórios das mulheres. O Grupo de Trabalho também analisará experiências de resistência e liderança de mulheres na defesa do meio ambiente, destacando seu papel fundamental na transição ecológica justa. Afirmamos que não há justiça climática sem justiça de gênero e que é urgente colocar a dignidade humana e a sustentabilidade no centro das agendas políticas e jurídicas em relação às mudanças climáticas. 

 

  • GT4 Extensão Universitária em tempos de Emergências Climáticas

Coordenadores/as: Jane Schumacher (UFSM, Brasil) e Gabriela Arantes Wagner (UNIFESP, Brasil)


 

A Extensão Universitária desempenha um papel estratégico no enfrentamento das emergências climáticas, promovendo justiça social, inclusão e sustentabilidade. Diante do agravamento das crises ambientais, atua como ponte entre o saber acadêmico e os conhecimentos populares, atendendo às necessidades reais dos territórios. O Grupo de Trabalho (GT) de Extensão Universitária em Tempos de Emergências Climáticas visa reunir e fortalecer ações voltadas à disseminação de informações sobre impactos climáticos, tecnologias sustentáveis e soluções locais, com atenção especial às populações vulneráveis. 

O GT atua em seis eixos principais: (1) disseminação de informações acessíveis e atualizadas sobre mudanças climáticas e estratégias de adaptação; (2) promoção de tecnologias sociais para agricultura familiar, gestão da água, energias renováveis e habitação resiliente; (3) formação comunitária para gestão de riscos e fortalecimento da autonomia; (4) valorização dos saberes tradicionais por meio do diálogo entre ciência, cultura e práticas locais; (5) mobilização social e incentivo à participação comunitária na construção de soluções; e (6) articulação interinstitucional entre universidade, poder público, sociedade civil e setor produtivo para promover políticas públicas e projetos colaborativos. Dessa forma, a extensão contribui para o fortalecimento da resiliência climática e da justiça ambiental nos territórios mais afetados.

 

  • GT5 Direitos Humanos, Emergências dos Direitos da Natureza e Políticas Públicas  

Coordenadoras:  Ela Wiecko (UB, Brasil), Flor de Ma. Meza (Udelar, Uruguay) Maria Guiomar Frota (UFMG, Brasil)


 

Propõe-se discutir o direito ao desenvolvimento sustentável reconhecido pela ONU, que ensejou acordos multilaterais e metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global a menos de 2°C acima dos níveis pré-industriais, recomendadas pelo Grupo Intergovernamental de Peritos sobre as Transformações Climáticas. As metas não foram cumpridas e as catástrofes climáticas nos assombram. Mas, seguem as grandes multinacionais da mineração, da indústria química, da exploração petrolífera e do agronegócio, perseguindo lucros, em detrimento dos seres não humanos e dos elementos abióticos, os quais formam a Natureza, da qual os seres humanos também fazem parte. Mantêm a lógica de superexploração da Natureza, orientada por um antropocentrismo configurado juridicamente na “dignidade humana”. Mas, a superioridade humana não encontra fundamento na história do Planeta Terra e nas ciências. Há outras maneiras de pensar o mundo, como o “Buen Vivir” ou o “Chthuluceno”. Em alguns países já se reconhece a Natureza como sujeito de direitos e, agora, a Corte IDH, reforçando a OC-23/17 sobre a relação entre proteção do meio ambiente com direitos humanos, na medida em que a degradação ambiental afeta o efetivo gozo daqueles. Para evitar a extinção da vida humana, é necessário superar a distinção entre Direitos Humanos e Direitos da Natureza, estabelecer um direito nacional e internacional em outra base filosófica e formular políticas públicas alternativas ao desenvolvimento, e não apenas desenvolvimentos alternativos.